domingo, 29 de janeiro de 2012

O Sol vai esfriar. Mas a Terra não



Nosso Sol, tão quente e brilhante neste verão, pode mudar a regulagem do termostato. Os cientistas esperam que o astro entre em uma fase mais acomodada nos próximos anos. As atividades solares tenderiam a se reduzir. Com isso, a Terra deve receber menos calor. No entanto, não espere que essa redução na atividade solar alivie o aquecimento global provocado por nossas emissões poluentes. Apesar dos argumentos usados exaustivamente por alguns céticos das mudanças climáticas, as variações na atividade solar são muito pequenas para influir nas mudanças que estamos causando no clima da Terra.
É o que mostra um estudo recente feito por um grupo da Universidade Reading, do Reino Unido, e do Met Office, o instituto de meteorologia e clima do país. O levantamento, de Gareth S. Jones, Michael Lockwood e Peter A. Stott, foi publicado na revista científica Journal of Geophysical Research. Os pesquisadores avaliaram as perspectivas de mudanças no ciclo de atividade solar nos próximos 90 anos. E estimaram o quanto isso poderia atenuar o impacto do aquecimento provocado pela emissão de gases de efeito estufa, que fazem a atmosfera da Terra guardar calor. Segundo o estudo, a produção de calor do Sol deve diminuir até 2100. Mas isso provocaria uma redução de apenas 0,08 grau centígrado na temperatura média da Terra. Pouco diante do aumento de 2,5 a 7 graus previstos pelos cientistas que avaliam as mudanças climáticas.
Ainda segundo a equipe britânica, mesmo que a produção do Sol caia para o nível mais baixo já registrado, que ocorreu entre 1645 e 1715, isso só faria a temperatura média da Terra diminuir 0,13 grau. Para os autores do estudo, os ciclos solares não são páreo para o aquecimento gerado pelas nossas alterações na atmosfera da Terra.
A foto acima mostra uma descarga solar registrada pela Nasa, agência espacial americana, no dia 23 de janeiro.
(Alexandre Mansur)

Essa rede de pesca ficará na praia para sempre



A foto acima mostra um pedaço de rede de pesca encravada na praia de Juqueí, no litoral de São Paulo. Tirei a foto em novembro passado. Apenas a ponta da rede está aparente, atrapalhando os turistas e funcionando como armadilha para os animais, como tartarugas marinhas. A maior parte da peça está sob a areia, talvez até enroscada em alguma pedra enterrada. Mesmo cavando alguns centímetros, não foi possível remover a rede. Dependendo da maré e da dinâmica da areia na praia, a ponta de rede ficará aparente na praia por muitos e muitos anos, uma vez que o fio plástico não se degrada. É uma amostra de como o descuido pode sujar, por tempo indeterminado, uma das poucas praias bem conservadas da região Sudeste do país.


(Alexandre Mansur)

O Brasil será capaz de reduzir as tragédias causadas por desastres naturais?

Quando se fala em tecnologia de prevenção de desastres, o Brasil está atrasado em relação aos países desenvolvidos, que contam com sistemas eficientes para prever furacões ou conter os danos de grandes terremotos. Por aqui, eventos extremos como esses são raros, mas as fortes chuvas de determinadas épocas do ano continuam provocando tragédias. A maior da história do país ocorreu na região serrana do Rio, em janeiro passado, quando mais de 900 pessoas morreram. O desastre fez com que o governo prometesse agir para tentar acabar com o caos. Hoje, um ano depois, o trabalho começou, mas ainda está longe de terminar.
A partir de 2011, o Brasil começou a investir em um sistema de prevenção e alertas à população, o que não existia até então. Em meados de janeiro de 2011, o governo federal anunciou a criação do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), para começar a funcionar já no período de chuvas de 2012. A estrutura do centro foi criada em junho, e em dezembro o centro entrou em operação 24 horas por dia.

"O objetivo do centro é principalmente salvar vidas, e também evitar prejuízos", explica o climatologista Carlos Nobre, coordenador do Cemaden. No momento, o centro utiliza informação de chuvas em áreas sujeitas a deslizamentos em 56 municípios das regiões Sul e Sudeste, e vai expandir as operações para mais 34 municípios do Nordeste em abril, quando as chuvas caem mais forte na região. Em 2012, mais 2,8 mil pluviômetros e quatro radares (para operar na Bahia, no Espírito Santo, em Alagoas e São Paulo) devem entrar em operação. O plano é que em quatro anos o sistema esteja operando em todo o país.
O pequeno número de municípios sob observação por enquanto é explicado pela falta de recursos aplicados no início do projeto. Segundo Nobre, foi preciso fazer uma escolha. "Em vez de esperar comprar todo o equipamento, nós resolvemos iniciar as atividades com o material existente e, a partir daí, melhorar. Se já temos informações sobre algumas áreas de risco, começamos por elas", diz.
O trabalho do Cemaden é usar tecnologia para emitir alertas dos locais onde podem ocorrer problemas. Pluviômetros, imagens de satélites, radares meteorológicos e outros equipamentos são utilzados para gerar informação sobre áreas de risco de enchentes ou deslizamentos. Segundo Nobre, as cidades que mais sofreram com as chuvas nesse começo de 2012, como as da grande Belo Horizonte e da região serrana do Rio, já estão recebendo alertas para atuar na prevenção de tragédias fatais.

Projetos como esse também estão sendo criados na esfera municipal. Um projeto pioneiro é o Centro de Operações Rio, que foi implementado em 2011 e é referência no uso de tecnologia para enfrentar os danos causados por fortes chuvas. O centro é fruto de uma parceria da prefeitura do Rio com a IBM, e conta com com tecnologia de ponta para monitorar as condições climáticas no município do Rio. Além disso, um trabalho integrado com 30 órgãos do município permite acionar com rapidez equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil em caso de desastres.

"Hoje, somos a cidade mais monitorada do país. Temos a possibilidade de visualizar a chuva e as consequências, e o monitoramento da chuva é feito em tempo real com a leitura dos mais de 100 pluviômetros que enviam informações à central", diz Sávio Franco, chefe executivo do centro.
Franco explica que o Centro de Operações Rio só monitora a capital carioca, e portanto não emite alertas para áreas que estão enfrentando as chuvas mais fortes esse ano, como a região serrana. Mas há muitas áreas de risco na cidade, o que levou à instalação de um sistema de sirenes em cerca de 66 comunidades cariocas que apresentam risco de deslizamento. "Estamos ainda em um processo de aprendizagem, mas ter um equipamento que permita uma ação mais rápida em momento de crise, que mobilize suas equipes em tempo real e que informe a população sobre o que está acontecendo certamente é um diferencial que pode ajudar a salvar vidas e minimizar os impactos negativos", diz Franco.
O diferencial pode ser verificado com números. Em países como o Japão, o número de vítimas de um desastre é muito menor que em países com níveis de desenvolvimento inferior. "Sem um sistema de monitoramento, um desastre natural causa dez vezes mais mortes. A experiência internacional mostra que, com um sistema de alerta, em poucos anos se pode reduzir em até 80% o número de mortes", diz Nobre.
A cultura da prevenção ganhou um reforço no Brasil a partir de 2011, mas ainda é possível ver que a atenção do governo para o assunto continua sendo despertada pelas tragédias, um traço da cultura reativa aos desastres que prevaleceu por décadas. Em 9 de janeiro, depois que Minas Gerais e o Rio já tinham registrado problemas com as chuvas, a presidente Dilma Rousseff determinou a criação de uma Força Nacional de Apoio Técnico de Emergência, da qual fazem parte 35 geólogos e 15 hidrólogos. 
O maior desastre natural da história do Brasil serviu para mobilizar setores do poder público, que passaram a pensar em prevenção de desastres naturais. Ainda assim, as mortes em Minas Gerais e no Rio de Janeiro nas primeiras semanas de 2012 mostraram quão longe o país ainda está de chegar ao nível dos países desenvolvidos. A ocupação irregular do solo, a falta de fiscalização por parte dos governos municipais, a preparação precária ou inexistente da população para eventos extremos e a fragilidade da defesa civil são fatores que ainda precisam de investimentos e ações duradouras. Só assim o Brasil será capaz de reduzir as tragédias que se repetem ano após ano.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Termina dia 31 de janeiro consulta pública para o plano sobre biodiversidade

O Ministério do Meio Ambiente está com consulta pública aberta pela internet para o Plano Estratégico da Convenção sobre Diversidade Biológica para 2020. O documento foi preparado e discutido ao longo deste ano em reuniões presenciais com os setores empresariais, sociedade civil ambientalista, academia, governo (federal e estadual) e povos indígenas e comunidades tradicionais. A fase atual busca obter mais contribuições da sociedade brasileira para a elaboração das metas nacionais de biodiversidade para 2020.

As propostas em consulta foram consolidadas um único documento chamado "Documento base da consulta pública" a partir das contribuições do encontro "Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020", promovido pelo Ministério do Meio Ambiente este ano, em que reuniu cinco setores da sociedade.
O documento considera as 20 Metas Globais de Biodiversidade (Metas de Aichi) e as visões e necessidades específicas de cada um deles, tendo como orientação geral a necessidade de um conjunto de metas para maior efetividade no seu alcance e monitoramento.
Como resultado dos trabalhos das reuniões setoriais, foram gerados 25 documentos (5 para cada uma das 5 reuniões) contendo proposta de metas nacionais de biodiversidade para 2020 e de submetas intermediárias para serem alcançadas nos anos de 2013 a 2017.
A consulta pública fica aberta do dia 19 de dezembro de 2011 até o dia 31 de janeiro de 2012.

Mais informações

Brasil reafirma compromisso ambiental após nomeação de Dias na ONU

A nomeação do brasileiro Bráulio Dias como secretário da Convenção sobre Biodiversidade é um reconhecimento da liderança ambiental do Brasil, que abriga a maior floresta tropical do mundo e irá sediar a reunião de cúpula das Nações Unidas Rio+20, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

"É uma notícia espetacular, com a Rio+20 sendo realizada em junho no Rio de Janeiro, e é um sinal, não apenas dos grandes resultados (do Brasil na área), mas também um reconhecimento da liderança ambiental" em que o país está empenhado, afirmou a ministra.

O novo secretário da ONU informou que sua prioridade será preparar a reunião que acontecerá na Índia em outubro, e enfrentar o "grande desafio" de captar recursos para tornar efetivo o programa de ação do acordo de Nagoya, que impõe metas para a biodiversidade.

Secretário também de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Dias garantiu que lutará para levar adiante os grandes objetivos da Convenção: "conservar a biodiversidade do planeta, usá-la de forma sustentável, e dividir os benefícios gerados pelos recursos genéticos entre as comunidades indígenas e locais".
Fonte: AFP

Chuvas ajudam na reprodução e dispersão desordenadas das baronesas

O Rio Capibaribe amanheceu com tapetes verdes em seu curso nesta segunda-feira (23), na área central da capital pernambucana. As baronesas, também conhecidas como água-pés, apareceram nas águas de um dos principais cartões-postais do Recife por causa das chuvas que caíram nesse fim de semana. Apesar de servir como abrigo e ninho de organismos aquáticos e também como alimento de animais, a planta é uma erva daninha na época chuvosa. Isso porque elas encontram condições favoráveis para se propagarem e, assim, acabam causando desequilíbrio no ambiente.


"O crescimento desordenado das baronesas, além de facilitar a reprodução de ovos de caramujos e mosquitos da dengue, também acabam prejudicando o ecossistema. O que acontece normalmente é que elas podem cobrir toda a superficie de um corpo d'água, impedindo que as plantas submersas não produzam oxigênios e, consequentemente, sufocando os peixes. É uma reação em cadeia", explica Marcelo Sobral Leite, doutorando da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador na área de plantas aquáticas do Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal.



As baronesas têm origem em ambientes como o Pantanal Mato-grossense, que é marcado por fluxos de cheia e seca. Elas estão espalhadas em ambientes quentes do mundo inteiro. A elevação do nível da água favorece o aumento da reprodução das plantas que, por meio da dispersão, tentam se propagar em outros ambientes. Segundo Marcelo, os poluentes orgânicos dos rios também podem favorecer a propagação desses vegetais.

Em um ambiente equilibrado, as Eichornia crassipes (nome científico das baronesas) costumam ser utilizadas comercialmente em criadouros de peixes. Nos rios, no entanto, a grande quantidade delas acaba prejudicando o trabalho dos pescadores.





Maior erupção solar desde 2005 pode perturbar comunicações por satélite



A maior erupção solar registrada desde 2005 começou a se fazer sentir na Terra, bombardeando o planeta com partículas magnéticas que podem perturbar as comunicações via satélite, anunciaram autoridades americanas nesta segunda-feira (23).

A erupção, que ocorreu no domingo (22) perto do centro do sol, projetará partículas de prótons para a Terra até esta quarta-feira (24), advertiu a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).

"A própria erupção em si não tem nada de espetacular, mas ejetou ao espaço uma massa coronal (nuvem de plasma de intenso campo magnético) a uma velocidade fenomenal de 6,4 milhões de km/h", disse à AFP Doug Biesecker, físico do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA.

A tempestade geomagnética provocada pelo Sol é a mais forte desde 2005, mas foi classificada como de categoria 3 em uma escala que vai até 5, afirmou. Por isto, é considerada "forte", mas não "grave".

Segundo o site da NOAA na internet, um evento de categoria 3 pode causar alterações nos sistemas informáticos dos satélites, bem como nas comunicações por rádio nos pólos. A navegação aérea e as plataformas petrolíferas também podem ser afetadas nestas regiões.

"Não esperamos um grande impacto com um evento deste tipo", disse Biesecker.

Os moradores de Europa e Ásia também poderão aproveitar a noite de terça-feira para admirar a aurora boreal, acrescentou.
Fonte: AFP

domingo, 22 de janeiro de 2012

Congresso aprova mais uma hidrelétrica no Rio Madeira

O Congresso Nacional aprovou, pouco antes do recesso de janeiro, uma emenda de bancada que prevê a construção de mais uma usina no Rio Madeira, em Rondônia. A responsável por apresentar a proposta foi a deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), coordenadora da bancada de Rondônia no Congresso. Segundo a emenda, a nova hidrelétrica custará R$ 10 bilhões. A obra faz parte do Plano Plurianual (PPA) para os anos de 2012 a 2015.
A aprovação do PPA 2012-2015 ocorreu em 20 de dezembro em tempo recorde, cerca de meia hora. Não houve qualquer discussão sobre as obras bilionárias que passaram a constar do planejamento do governo federal, como a nova usina e uma ferrovia transcontinental orçada em R$ 9 bilhões. O Congresso ignorou ainda os impactos orçamentários e socioambientais das propostas.



(Canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau em março de 2011. Foto: Rogério Cassimiro)

Procurada por ÉPOCA, a deputada Marinha Raupp não comentou a emenda. Ermésio Serrano Filho, seu chefe de gabinete, afirmou que os estudos para a construção da hidrelétrica já estão sendo executados pelo Ministério de Minas e Energia. “A hidrelétrica será uma extensão do potencial energético de Santo Antonio e Jirau [duas usinas em construção em Rondônia], que têm uma limitação”, diz Filho. “Vai ser binacional, na fronteira entre Guajará-Mirim [um município no limite do Estado] e a Bolívia. Ainda não sabemos qual será sua capacidade”. O plano prevê ainda a construção de duas eclusas e uma hidrovia.
Não é de hoje que o governo brasileiro planeja preencher o Rio Madeira com obras faraônicas. Conforme o Blog do Planeta informou neste post, outras duas barragens devem ser erguidas ali. Além de uma hidrovia para ligar o país à Bolívia (trata-se aparentemente dos empreendimentos anunciados pela deputada Marinha). O Rio Madeira se transformaria num importante corredor de comércio para conectar o Brasil aos países da América do Sul. E abriria um canal – hoje inexistente – para escoar os grãos produzidos no vizinho e no Mato Grosso. A despeito da grandiosidade do projeto, pouca gente o conhece. A aprovação da emenda de bancada só confirma as intenções do governo.
As hidrelétricas do Rio Madeira sempre foram controversas. Além de alagar uma área considerável de floresta (e prejudicar a biodiversidade local), ela deslocará os ribeirinhos de suas casas. As próprias características do rio não ajudam. O Madeira carrega em suas águas uma quantidade atípica de sedimentos, que pode prejudicar as usinas. Em épocas de cheia, arranca árvores de suas bordas e as leva correnteza abaixo (daí seu nome). Isso pode destruir as turbinas de geração. Quando o governo anunciou as hidrelétricas, os ambientalistas ficaram com os ânimos exaltados. As obras foram, inclusive, apontadas como o principal motivo da saída do governo da senadora Marina Silva (PV), então ministra do meio ambiente. Ela batia de frente com o Ministério de Minas e Energia ao discordar da construção sem critérios. Diante da polêmica, não interessava ao governo bancar sua decisão de erguer o complexo todo.
Em março passado, uma rebelião na usina de Jirau aterrorizou Rondônia – e revelou aos brasileiros as consequencias de erguer empreendimentos grandiosos sem nenhum preparo. Um grupo de vândalos ateou fogo no canteiro de obras e arrasou boa parte da infraestrutura de construção. A despeito da gravidade, as questões trabalhistas estão longe de ser o principal problema da região. Desde 2008, data do início dos projetos, cerca de 45 mil pessoas migraram para a capital Porto Velho em busca de oportunidades. A violência explodiu. O trânsito ficou caótico (cerca de 1.500 carros são emplacados por mês). Os serviços da rede pública ficaram ainda mais saturados.
Na última semana, a Fundação Nacional do Índio (Funai) disse ter encontrado indícios de uma tribo isolada perto da área de construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em terras na divisa dos Estados do Amazonas e Rondônia. Uma expedição da fundação afirmou ter visto vestígios como galhos quebrados e pegadas, além de ter ouvido vozes. Se confirmada sua existência, a tribo será só mais um argumento contra a construção da nova (e pouco divulgada) usina.
(Aline Ribeiro)

A SETMA PARTICIPA DE REUNIÃO COM A APAC





A Prefeitura Municipal de Ipojuca através da Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente, participou de reunião no dia 16 de janeiro com a Diretoria de Gestão e Recursos Hídricos da Agência Pernambucana de Água e Clima - APAC, a Srª Marisa Figueroa. A reunião foi referente a programação do Dia Mundial da Água, esta ano a ONU  aborda o seguinte tema:

Tema da ONU:
ÁGUA E SEGURANÇA ALIMENTAR

"Esse tema expressa dois conceitos intimamente relacionados, (água e alimento) que levou a graves deficiências estão em crise em número cada vez maior de regiões do mundo. Segundo a ONU, "A segurança alimentar existe quando qualquer pessoa pode satisfazer as suas necessidades alimentares, a fim de ter uma vida ativa e saudável, e a água é um dos fatores-chave para a produção de alimentos.”


Tema do município do Ipojuca:
 “AGUA LIMPA PARA ALIMENTO SAUDÁVEL”

O Projeto “ÁGUA LIMPA PARA ALIMENTO SAUDÁVEL” é justificado pela questão da segurança alimentar que terá como objetivo chamar a atenção para os alimentos e sua relação com a água. Pelo crescimento econômico/industrial e implantação dos empreendimentos no município do Ipojuca que tem uma das bacias hidrográficas mais poluídas do Brasil: a do rio Ipojuca.
 


O Dia Mundial da Água, pela relevância da questão dos recursos hídricos para a região Nordeste, é uma das datas mais importantes para o calendário das atividades do Município do Ipojuca voltadas para o meio ambiente.


Em breve estaremos disponibilizando a programação do evento do Dia Mundial da Água para que todos possam conferir.







sábado, 14 de janeiro de 2012

Exposição interativa sobre mata atlântica

Da assessoria de imprensa da Fundação SOS Mata Atlântica
A partir do dia 7 de janeiro, o Recife receberá a exposição interativa “Sua Mata, Sua Casa”, que comemora os 25 anos da Fundação SOS Mata Atlântica. A mostra, que ficará no Shopping Tacaruna até o dia 5 de fevereiro, tem o objetivo de mobilizar a sociedade e conscientizá-la de que a Mata Atlântica está diretamente relacionada ao seu dia a dia. Para isso, conta com ferramentas interativas e atividades gratuitas para todos os públicos.
Outro destaque da exposição é a bike repórter Ilana Costa, ciclo-ativista local que percorrerá vários pontos da cidade para divulgar a iniciativa e coletar dados sobre a região. A mostra tem patrocínio de Bradesco Cartões e Natura, com apoio local do Shopping Tacaruna.
Grupos de escolas, empresas, associações, entre outros interessados em agendar visitas monitoradas, podem se inscrever pelo e-mail projeto25@sosma.org.br. Para mais informações clique aqui.  Durante a exposição em Recife, os visitantes poderão aprender mais sobre a Mata Atlântica de maneira lúdica e divertida, além de serem ouvidos sobre suas expectativas futuras em relação ao meio ambiente. Os depoimentos serão colocados na “Árvore dos Desejos”, produzida com garrafas PET e embalagens de achocolatado por artistas da Cooperaacs (Cooperativa Social de Trabalho e Produção de Arte Alternativa e Coleta Seletiva), também responsável pelas artes feitas com materiais recicláveis que permeiam toda a exposição. Quem preferir poderá enviar seus desejos pelo twitter utilizando a hashtag #ARVORESOSMA.
 
Serviço:
 
Local: Shopping Tacaruna – Av. Agamenon Magalhães, nº 153, Santo Amaro – Recife (PE).
Data: 7 de janeiro a  5 de fevereiro.  
Horários: de segunda-feira a sábado, das 9h às 22h; domingos, das 12h às 20h.
Informações: projeto25@sosma.org.br
 
Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público em geral. A exposição é totalmente acessível à cadeirantes e traz propostas de interação para todas as idades.

Google e Facebook podem causar "blackout" na internet

Sites ameaçam ficar fora do ar como forma de protesto contra uma lei antipirataria que tramita no Senado americano.

 

A insatisfação das empresas contra a lei antipirataria que tramita no Senado dos Estados Unidos pode causar um "blackout" na internet. Sites como Facebook, Google, Amazon, Wikipédia e Twitter podem suspender suas atividades como forma de protesto contra a SOPA, sigla para Stop Online Piracy Act. Por enquanto, nenhuma data para a manifestação foi marcada e a suspensão é apenas uma ameaça.
As empresas contra a lei se reuniram em uma associação conhecida como NetCoalition, que inclui ainda o eBay, Foursquare, PayPal, Mozilla, Yahoo, Zinga, AOL e LinkedIn. Em entrevista ao canal de TV americano Fox News, o diretor da associação, Markham Erickson, afirmou que essas empresas estão pensando em realizar o protesto depois que a Mozilla, criadora no navegador Firefox, suspendeu suas atividades por um dia.

A lei, que será debatida no final de janeiro, prevê penas severas para os sites pelo conteúdo postado por usuários. Se alguém postar um link com um disco ilegal, o responsável será o portal que abriga esse conteúdo. Entre as penas possíveis estão a suspensão do site e a prisão dos responsáveis por seis meses a cinco anos. Além disso, a lei dá liberdade a esses sites para retirar qualquer conteúdo considerado suspeito do ar, sem necessidade de ordens judiciais. Segundo a NetCoalition, essas medidas ferem a Primeira Emenda da Constituição dos EUA (que defende a liberdade de expressão) e funcionariam de modo semelhante à censura.

A SOPA é defendida por gravadoras, produtoras cinematográficas, emissoras de televisão e editoras de livros, que alegam que a lei vai proteger os direitos autorais de seus produtos culturais. A Microsoft e a Apple também estão entre seus defensores. Espera-se que a lei ajude a desmascarar sites que vendem drogas. No Congresso americano, a lei tem amplo apoio de congressistas tanto do Partido Republicano quanto do Partido Democrata, mas a votação, por enquanto, não tem data para ocorrer. Atualmente, a SOPA está no Comitê de Justiça do Congresso.

Marisco de água doce é reencontrado após 11 anos no RS

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Uma espécie de marisco de água doce, conhecida cientificamente como Leila blainvilliana, que está ameaçada de extinção foi reencontrada após 11 anos numa área preservada do Parque Estadual Delta do Jacuí, por pesquisadores da Fundação Zoobotânica (FZB) do Rio Grande do Sul. Os pesquisadores encontraram o molusco em dezembro, durante os estudos da FZB para a elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual.
Segundo os pesquisadores, o  molusco está nas listas de espécies ameaçadas regional e nacional. Os pesquisadores ficaram surpresos ao encontrá-lo porque ele está sobrevivendo ao mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei). Esta espécie fixa-se à superfície da concha do Leila, matando-o por sufocamento. O mexilhão-dourado é considerada a principal ameaça à sobrevivência desse marisco. O marisco de água doce vive enterrado no fundo arenoso, deixando apenas uma pequena porção da concha fora da areia para respirar e filtrar o alimento. O Limnoperna fortunei foi introdozido na região em cascos de navios, em 1998.
A destruição da vegetação marginal e das matas ciliares também ameaça a sobrevivência do molusco de água doce. Segundo a pesquisadora do Museu de Ciências Naturais da FZB Ingrid Heydrich, no site do Governo do Rio Grande do Sul, isso pode ocorrer devido à extração de areia e a construção de marinas que levam à dragagem para navegação, causando assoreamento. Outros fatores são a poluição da água e a construção de barragens. O desaparecimento de espécies de peixes nativos também contribui para o sumiço do bivalve.
Foto: Daniel Hammes; Fonte: Daniel Hammes/Governo do Estado do Rio Grande do Sul

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Por que não podemos ser mais inteligentes do que somos


Modelo mostra impulso nervoso no cérebro (Foto: ShutterStock)

Cientistas descobriram que melhorar em memória, atenção ou raciocínio pode piorar o desempenho em outras funções cognitivas

REDAÇÃO ÉPOCA

A inteligência sempre foi uma característica essencial para a sobrevivência e a evolução dos seres humanos. Nossa capacidade de resolver problemas complexos, trabalhar de forma cooperativa e entender a passagem do tempo estão por trás do nosso sucesso de nossa espécie.
Mas se a inteligência é assim tão fundamental para a sobrevivência da espécie, por que não somos ainda mais inteligentes – ou seja, mais adaptados aos desafios representados pelo mundo – do que somos?
Pesquisadores da Universidade de Warwick, na Inglaterra, descobriram que a equação não é assim tão simples. Eles concluíram que melhorias em funções cognitivas como a memória, a atenção e o raciocínio trariam uma piora do desempenho de outras. Para os cientistas, a ideia de um super-cérebro só seria possível na ficção científica.
Para chegar a essa conclusão, o psicólogo Thomas Hills, de Warwick, e Ralph Hertwig, da Universidade de Basel, analisaram estudos de vários tipos, entre eles pesquisas sobre a mente dos autistas e sobre os efeitos de remédios como a Ritalina, que aumentam a atenção.
Eles descobriram que, em geral, indivíduos com habilidades cognitivas muito elevadas – como pessoas que têm uma memória fotográfica, muito acima do normal – geralmente têm também algum tipo de transtorno, como autismo e problemas neurológicos associados ao crescimento cerebral.  E mesmo os remédios que melhoram a atenção podem ter um efeito negativo: para quem não tem problema de foco e se medica na esperança de melhorar o desempenho nas tarefas cotidianas, o resultado pode ser exatamente o oposto.
Segundo Hills, o estudo sugere que há um limite para melhorar as funções cognitivas. Um exemplo simples é o uso de cafeína para aumentar a atenção. A pessoa pode até ficar mais alerta, mas seu nível de ansiedade pode aumentar e sua coordenação motora fina pode piorar.
A mensagem é que não dá para ter tudo ao mesmo tempo. Ir além em uma habilidade é, necessariamente, deixar outras para trás.

Os pulmões do Recife

 
Publicado no Jornal do Commercio, em 4 de janeiro de 2012. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem, 22/12/2011.
 
Na capital há cinco áreas protegidas por lei estadual. Apenas uma - o Parque Dois Irmãos – está delimitada e, mesmo assim, sofre pressão urbana. No último dia da série de reportagens de Verônica Falcão, conheça a importância dessas florestas urbanas para a cidade.
 
As unidades de conservação estaduais do Recife – três refúgios de vida silvestre, uma reserva de floresta urbana e um parque – somam 2,76% do território da cidade, que ocupa 22 mil hectares distribuídos em 94 bairros.
 
Das cinco, todas criadas há 25 anos, apenas uma foi implantada: o Parque Dois Irmãos, que abriga o zoológico da cidade. As outras, embora nunca tenham saído do papel, ainda cumprem uma função hidrológica e climática, segundo os especialistas, e precisam urgentemente de proteção.
 
Entre os serviços ambientais oferecidos gratuitamente pelas florestas urbanas, explica o biólogo Felipe Alcântara, está a purificação do ar e da água, além da manutenção do clima. “As cidades apresentam temperatura média maior que a das zonas rurais de mesma latitude. Dentro delas, as temperaturas aumentam das periferias em direção ao centro. As florestas urbanas amenizam o efeito desse fenômeno, chamado Ilha Urbana de Calor”, justifica Felipe Alcântara, integrante da equipe técnica do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan).
 
Outro serviço prestado pela mata atlântica do Recife é na amenização das cheias. “A ausência de florestas ciliares, por se tratar de uma barreira física contra o aumento da vazão dos leitos dos rios, impossibilita a retenção de enchentes”, esclarece o biólogo. Matas ciliares são aquelas que margeiam os rios.
 
As cinco criadas por lei em 1987 totalizam 609,2 hectares. Havia uma sexta – o Jardim Botânico do Curado, de 10,74 hectares – que em 2011 perdeu o título de unidade de conservação estadual, a pedido da prefeitura do Recife.
 
Três são na Zona Oeste da cidade: São João da Várzea (64,52 hectares), Engenho Uchoa (20 hectares), e Matas do Curado (102,96 hectares). As outras duas se localizam na Zona Norte da capital: Dois Unidos (37,72 hectares) e Dois Irmãos (384 hectares).
 
Manual sobre pagamentos por serviços ambientais publicado recentemente informa que “ecossistemas em bom funcionamento fornecem fluxos de água limpa e segura, solo produtivo, condições meteorológicas relativamente previsíveis, e muitos outros serviços essenciais para o bem-estar humano.” Além, claro, do sequestro de carbono, um dos gases do efeito estufa, da atmosfera.
 
Elaborado por ONGs e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Pagamento por Serviços Ambientais: Um Manual Sobre Como Iniciar cita ainda a desintoxicação e decomposição de resíduos, a manutenção da biodiversidade e o eriquecimento da estética e da beleza paisagística.
 
 
Parque de papel - terceiro dia 
 
Parques de papel - segundo dia
 
Parque de papel - primeiro dia
 

Exposição interativa sobre mata atlântica

Da assessoria de imprensa da Fundação SOS Mata Atlântica
A partir do dia 7 de janeiro, o Recife receberá a exposição interativa “Sua Mata, Sua Casa”, que comemora os 25 anos da Fundação SOS Mata Atlântica. A mostra, que ficará no Shopping Tacaruna até o dia 5 de fevereiro, tem o objetivo de mobilizar a sociedade e conscientizá-la de que a Mata Atlântica está diretamente relacionada ao seu dia a dia. Para isso, conta com ferramentas interativas e atividades gratuitas para todos os públicos.
Outro destaque da exposição é a bike repórter Ilana Costa, ciclo-ativista local que percorrerá vários pontos da cidade para divulgar a iniciativa e coletar dados sobre a região. A mostra tem patrocínio de Bradesco Cartões e Natura, com apoio local do Shopping Tacaruna.
Grupos de escolas, empresas, associações, entre outros interessados em agendar visitas monitoradas, podem se inscrever pelo e-mail projeto25@sosma.org.br. Para mais informações clique aqui.  Durante a exposição em Recife, os visitantes poderão aprender mais sobre a Mata Atlântica de maneira lúdica e divertida, além de serem ouvidos sobre suas expectativas futuras em relação ao meio ambiente. Os depoimentos serão colocados na “Árvore dos Desejos”, produzida com garrafas PET e embalagens de achocolatado por artistas da Cooperaacs (Cooperativa Social de Trabalho e Produção de Arte Alternativa e Coleta Seletiva), também responsável pelas artes feitas com materiais recicláveis que permeiam toda a exposição. Quem preferir poderá enviar seus desejos pelo twitter utilizando a hashtag #ARVORESOSMA.
 
Serviço:
 
Local: Shopping Tacaruna – Av. Agamenon Magalhães, nº 153, Santo Amaro – Recife (PE).
Data: 7 de janeiro a  5 de fevereiro.  
Horários: de segunda-feira a sábado, das 9h às 22h; domingos, das 12h às 20h.
Informações: projeto25@sosma.org.br
 
Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público em geral. A exposição é totalmente acessível à cadeirantes e traz propostas de interação para todas as idades.