sexta-feira, 20 de abril de 2012

Acompanhe os dados de monitoramento do desmatamento dos Biomas:

Acompanhe os dados de monitoramento do desmatamento dos Biomas:

AmazôniaAbril/2012
- Deter janeiro, fevereiro e março 2012
Dezembro/2011
- Prodes de agosto de 2010 a julho de 2011
- Ações do Ibama
Outubro/2011
- Deter Setembro/2011
- Análise do desmatamento nas Unidades de Conservação Federais localizadas na Amazônia
Outubro/2011
- Deter Agosto/2011
Junho/2011
- Deter Maio/2011
Maio/2011
- Deter Março e Abril 2011
- Ações do Ibama
Abril/2011
- Deter Ago 2010 - Fev 2011
- Resultados PPCDAM e Arco Verde
Fevereiro/2011
- Deter
Dezembro/2010
- Deter
- Prodes
Agosto/2010
- Parte 1
- Parte 2
- Parte 3
Julho/2010
- Desmatamento
- Queimadas
Junho
CaatingaJunho/2011
Março/2010
CerradoAbril/2011
- Dados Ibama 2002-2009

Setembro/2010
Setembro/2011
Mata Atlântica
Fevereiro/2012
Dezembro/2010
- Relatório
- Apresentação
PampaFevereiro/2012
Julho/2010
PantanalFevereiro/2012
Junho/2010

Rio +20: Brasil busca convergência

Governo reúne estados e municípios para debates em torno da conferência. Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destaca a importância de se estabelecer políticas para o desenvolvimento de cidades sustentáveis
19/04/2012
Rafaela Ribeiro
Foto Rio +20: Brasil busca convergência

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou, nesta quinta-feira (19/04), o papel fundamental e estratégico do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) na busca por consenso entre os países participantes: "O Brasil tem uma oportunidade única de liderar e buscar a convergência entre várias situações para que a reunião seja exitosa", argumentou."Queremos uma agenda forte de desenvolvimento sustentável na ONU".
Durante o primeiro de uma série de encontros para ampliar o debate com os estados e municípios sobre o tema, a ministra fez questão de ressaltar a importância da presença da sociedade civil nas discussões. "É a primeira vez em conferência das Nações Unidas que a sociedade civil vai debater os temas que estarão relacionados ao formato político da reunião, que vai levar aos chefes de governo, aos chefes de Estado as suas conclusões", afirmou.

Diante da perspectiva de que, em 2050, cerca de 80 a 90% da população mundial estarão concentrados nas cidades, Izabella Teixeira chamou a atenção para a necessidade de se discutir o conceito de cidade sustentável. Mas, segundo ela, esse debate precisa levar em conta as diferentes realidades regionais. "Discutir esse assunto no Acre é diferente de discutir no Pantanal ou no Nordeste", argumentou. "O modelo de governança ambiental no Brasil precisa ser modernizado, atualizado".

O I Diálogo Federativo Rumo à Rio+20 foi promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em conjunto com as Secretarias de Relações Institucionais e de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O evento aconteceu no auditório do anexo I do Palácio do Planalto e contou com a participação do ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, além gestores estaduais e municipais integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, representando a sociedade civil.

Proposta criação de estação ecológica

Reunião extraordinária do Consema, nesta sexta, para a apresentação da proposta de criação de unidade de conservação estadual em Suape, no Grande Recife. Será uma estação ecológica com 2.470,14, no Cabo de Santo Agostinho. O estudo a ser apresentado foi financiado com recursos da compensação dos impactos ambientais causados pela Refinaria Abreu e Lima. A reunião será às 9h, no auditório do Cais do Porto, na Rua do Apolo (Bairro do Recife).
Abaixo, veja a proposta. Clique na barra do quadro, no último ícone à direita, para visualizar tela inteira e ESC para retornar.

http://www.slideshare.net/verasouto/proposta-esec-bitaeutinga

Governo não aceita retirar artigo sobre limites para reflorestamento

RIO DE JANEIRO - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse na sexta (20) que o governo não concorda com o parecer do deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG) sobre o Código Florestal que retira do texto aprovado pelo Senado artigo que trata dos limites de recuperação mínima de florestas desmatadas. Para ela, as alterações no texto podem ser consideradas como uma anistia aos desmatadores.
"A posição do governo é não concordar com qualquer mecanismo que leve à anistia. Nós queremos o texto do Senado. Se você não estabelece isso [recuperação das faixas mínimas de proteção], você dá uma incerteza muito grande e isso gera anistia. Nós somos contra qualquer mecanismo que dê ideia de anistia para quem cometeu crime ambiental", disse a ministra, depois de reunião sobre a Rio+20 no Rio de Janeiro.
Segundo a ministra, o próximo passo será de negociação com os parlamentares para que o parecer não seja aprovado pela Câmara dos Deputados. A votação do Código Florestal na Câmara está prevista para a próxima terça-feira (24).

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Audiência pública para discutir recuperação das orlas de Jaboatão, Recife, Olinda e Paulista ocorrerá no próximo dia 10

No dia 10 de abril (terça-feira), às 9h30, no Centro de Convenções de Pernambuco, auditório Tabocas, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realizará uma audiência pública para discutir a recuperação das orlas marítimas dos municípios de Jaboatão, Recife, Olinda e do Paulista. O Relatório de Impacto Ambiental (Rima), desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), com detalhes sobre as obras a serem executas, está disponível no portal da Agência - http://www.cprh.pe.gov.br/.

O projeto é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), e integra a política pública de controle dos efeitos causados pelas mudanças climáticas. Será limitado ao Sul pela foz do rio Jaboatão, e ao Norte, pela foz do rio Timbó.

De acordo com o Rima, a erosão costeira é uma reação da natureza à urbanização. No litoral pernambucano, os processos erosivos são evidentes ao longo da costa. Por isso, houve investimento em alternativas como pedras com função de quebra-mar, diques, espigões e muros de proteção.  No entanto, com o tempo, estas soluções mostraram-se economicamente inviáveis, pois alteraram a dinâmica sedimentar, comprometeram a estética do local, interferiram na visão cênica e em seu valor econômico.

A audiência pública é uma etapa obrigatória do processo de licenciamento ambiental, e se destina a ouvir a coletividade sobre o empreendimento a ser licenciado. De 28 de março a 09 de abril, uma equipe de mobilizadores sociais vai percorrer os quatro municípios diretamente afetados pelo projeto. O objetivo é a divulgação da audiência junto à população, bem como a diversos segmentos, a exemplo de prefeituras municipais, secretarias de Meio Ambiente e Organizações Não-Governamentais (ONGs), entre outros órgãos.

NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL/CPRH
Peixes-bois marinhos que aguardam soltura em cativeiro de manguezal da Paraíba estão contaminados com metal pesado. É o que revela pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que analisou o sangue dos animais, pertencentes à espécie de mamífero aquático mais ameaçada de extinção do Brasil.


Publicado no Jornal do Commercio, em 1º de abril de 2012. Foto: Guga Matos/JC Imagem, em 06.04.2011.


O estudo, concluído ano passado, mostrou níveis elevados de alumínio, estanho e chumbo, em comparação com os mantidos em Itamaracá e em Alagoas. Os animais da Paraíba e de Alagoas apresentaram, ainda, inibição de butirilcolinesterase. A enzima, relacionada à síntese da hemoglobina, composto fundamental do sangue, pois responde pelo transporte de oxigênio, é inibida quando ocorrem processos de intoxicação por inseticidas.

“Os resultados indicam que, em Alagoas e na Paraíba, os animais estão expostos a contaminantes existentes em maior quantidade nesses locais que nos tanques de Itamaracá”, sugere o professor Paulo Carvalho, do Departamento de Zoologia da UFPE e orientador do estudo, realizado para uma dissertação de mestrado.

O pesquisador esclarece que inseticidas da classe dos organofosforados e carbamatos inibem a butirilcolineserase e, portanto, possivelmente estejam sendo aplicados próximo ao mangue dos dois Estados vizinhos. “É válido destacar que esses inseticidas têm um potencial tóxico elevado e alguns deles, como o carbofuran, já foram proibidos nos EUA e na Europa”, diz Paulo Carvalho, coordenador do Laboratório de Ecotoxicologia Aquática da UFPE.

Com base nos resultados, pesquisadores enviaram recomendações ao Centro Mamíferos Aquáticos, vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente. A instituição, com sede em Itamaracá, se destina à reabilitação de filhotes órfãos de peixe-boi para soltura na natureza.

No estuário do Rio Maranguape (PB) e no Rio Tatuamunha (AL) o CMA-ICMBio mantém currais no mangue onde os peixes-bois permanecem até se acostumarem com a variação das marés e aprenderem a comer sozinhos antes da soltura definitiva. Ao todo, o trabalho analisou 16 peixes-bois desses dois locais e de Itamaracá.

A espécie, chamada pelos cientistas de Trichechus manatus, é herbívora e vive na costa do Nordeste e Norte do Brasil, onde soma cerca de 500 exemplares.

O mamífero aquático, que come por dia o equivalente a 10% de seu peso em algas e capim-agulha, atinge em média três metros, pesando aproximadamente meia tonelada. Figura nas listas brasileira e internacional de espécies ameaçadas de extinção.

“De forma simultânea, recomenda-se o levantamento por órgãos competentes, nas esferas municipais, estaduais e federais, sobre o uso dos organofosforados e carbamatos nas atividades produtivas das áreas situadas nas proximidades dos Rios Mamanguape (PB), Tatuamunha (AL) e Canal de Santa Cruz (PE)”, diz o documento, de janeiro deste ano.

A bióloga Daiane Garcia Anzolin, autora da dissertação de mestrado, destaca no trabalho que os índices de metais pesados na Paraíba são maiores ainda do que os reportados na literatura científica para peixes-bois da Flórida, nos Estados Unidos, e ainda para outros mamíferos marinhos.

“A região de Mamanguape, apesar de possuir beleza cênica e ocorrência natural dessa espécie, é circundada por uma área impactada com atividades de plantação de cana-de-açúcar, carcinicultura e falta de saneamento público”, descreve o professor.
O trabalho de campo para a dissertação, apresentada no Programa de Pós-graduação em Biologia Animal da UFPE, contou com recursos da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e da Petrobras. Os testes de laboratório tiveram apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Toxicologia Aquática, vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordenado em Pernambuco por Paulo Carvalho.

O pesquisador, também presidente da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia, lembra que metais pesados e inseticidas estão associados a doenças neurológicas. “Os peixes-bois não apresentam esse problemas pelas nossas observações, mas isso não quer dizer que não possam apresentá-los, uma vez que essas substâncias se acumulam no organismo.”

Ele lembra que estanho e chumbo são metais pesados não-essenciais, ou seja, sem função biológica conhecida. O primeiro é usado em tintas de barcos. O chumbo está associado a atividades industriais e alcança rios e mares como efluentes.