sábado, 17 de setembro de 2011

AUDIÊNCIA BARRAGEM ENGENHO MARANHÃO


A obra da barragem, atualmente em processo de licitação, vai custar R$ 50 milhões e beneficiará várias praias da região, além do complexo industrial de Suape. Somente após a realização da audiência, a CPRH poderá conceder a licença prévia do empreendimento e posteriormente a Licença de Instalação para dar início à execução da barragem.

O público presente no evento foi composto pela participação de políticos e outras lideranças locais como ambientalistas e presidentes de associações de moradores das regiões mais afetadas, ou seja, Ipojuca e Escada.
O projeto é discutido desde a década de 70 e, segundo a COMPESA, tem como objetivo complementar o abastecimento de água da região metropolitana, suprir as necessidades do complexo industrial de SUAPE e conter as enchentes que vem ocorrendo na zona da mata sul.
O estudo de impacto ambiental elaborado pela empresa contratada pela COMPESA, a ABF Engenharia, demonstrou que existem mais impactos negativos do que positivos associados ao empreendimento da Barragem do Rio Ipojuca.
Isso é costumeiro em projetos de grande porte como esse. O que na maioria das vezes não representa impedimento para a implantação do empreendimento.
A população que esteve presente no auditório do Hotel Armação deixou claro que não era contra o desenvolvimento e reconheceu a necessidade de melhorias no abastecimento de água da região, no entanto, questionou a forma como a COMPESA\ABF pretendia conduzir a empreitada.
As principais críticas e contribuições direcionadas a mesa composta por representantes da CPRH, COMPESA e ABF Engenharia foram as seguintes:
* Fazer uma nova audiência em espaço público e mais adequado, promovendo desta vez uma divulgação melhor do evento;
* O estudo de impacto ambiental deve ser mais claro, explicitando informações importantes como a área que será alagada, a demanda de água de SUAPE e o suprimento real para Ipojuca
* O projeto deve contemplar a solução para o déficit de saneamento básico no município;
* Deve existir um programa ambiental que procure fazer a revitalização do Rio Ipojuca resolvendo problemas como a falta de mata ciliar, o assoreamento e a poluição;
* A água da barragem deve ser destinada prioritariamente ao abastecimento da população e não às necessidades do complexo industrial de SUAPE como desconfiam alguns segmentos sociais;
 * A empresa deve investir nas barragens que já existem antes de implantar um novo empreendimento;
* Indenizar de forma justa os proprietários de terra e imóveis da região que será alagada, além de explicitar como será o acompanhamento das famílias afetadas após a instalação do empreendimento;
* Compensar a perda de biodiversidade das regiões afetadas;
* Restabelecer vias de acesso compatíveis com as necessidades de deslocamento da população, já que algumas estradas e pontes serão extintas.





 













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