segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Barragem vai destruir 230 hectares de mata atlântica

POSTADO ÀS 13:40 em 03 de novembro de 2011
Publicado no Jornal do Commercio, em 2 de novembro de 2011.
A construção da barragem de Serro Azul, a maior das cinco previstas para a contenção de enchentes em Pernambuco, implicará o corte de 230 hectares de mata atlântica em Palmares e Catende, na Zona da Mata Sul, e Bonito, no Agreste. Os impactos do desmatamento para a formação do lago serão debatidos em audiência pública sexta-feira, às 9h30, em Palmares.
O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do empreendimento, com custo estimado em R$ 341,1 milhões e início das obras previsto para janeiro, prevê que a cobertura vegetal, a fauna terrestre e os bichos e plantas aquáticos serão os mais afetados.
O documento, disponível no site da Agência Pernambucana de Meio Ambiente, será a base das discussões da audiência pública. Durante a reunião, na quadra da Escola Monsenhor Abílio Galvão, os interessados também poderão consultar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA).

“São quase duas mil páginas, também à disposição para consulta, por qualquer pessoa, na biblioteca da CPRH”, avisa o engenheiro cartógrafo Ivan Dornelas, do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), responsável pela elaboração do relatório e do estudo dos impactos ambientais das cinco barragens. O Rima aponta 58 prováveis impactos.Paramitigar seus efeitos, o relatório sugere 13 programas de controle e monitoramento ambiental.
Em relação à derrubada de mata atlântica, o Itep propõe o reflorestamento de 45 hectares. A compensação pelo corte dos outros 185 hectares ainda vai ser definida. “Será uma ação coordenada com a compensação dos impactos das outras barragens”, adianta Ivan Dornelas.
Para a ONG Centro de Educação e Preservação Ambiental, com sede em Bonito, as medidas compensatórias devem ser na área de abastecimento e saneamento. “Em Bonito falta água e o esgoto corre todo para o rio sem tratamento algum. É essa água que a Compesa usa para abastecimento humano. O tratamento dela tem um custo. Por que, então, a Compesa não investe em saneamento?”, indaga Zenóbio Souza, presidente da ONG. Ele pede, ainda, uma audiência pública em Bonito.
Abaixo, o Rima. Clique na barra do quadro, no último ícone à direita, para visualizar tela inteira e ESC para retornar.

Rima serro azul;2803;20111020 

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